sábado, 27 de fevereiro de 2016

A Chuva e o Silêncio


A chuva bate no telhado. A aluvião de águas caminha, continua e desesperadamente, pelas frestas e canos até o seu destino no chão. Ora mais intensa, ora com a falsa calmaria da solidão. Rompe um silêncio, rompe o teu silêncio, que brotou de um passado contínuo e desesperado pelos sentimentos que, aluviais, caminhavam pelas brechas do teu corpo até seu destino na paixão.  Foste uma tempestade que terminou em tormenta. E agora, paira o silêncio do teu sorriso, da tua fragrância e de tantos sonhos fantasiados juntos. Um silêncio tão grande que torna irrelevantes estes trovões e esta chuva que cai com insistência.

-x-

The rain hitting the roof. The water alluvium walks, continuously and desperately, through the slots and pipes to its destination on the ground. Sometimes more intense, sometimes with the false calm of solitude. Breaks a silence, breaks your silence, which sprouted from a past continuous and desperate by the feelings that flood and walked through the breaches of your body until its destination in the passion. You were a storm that ended in storm. And now, it hovers the silence of your smile, of your fragrance and of many dreams fantasized together. Such a silence that makes these thunders and rain, that falls insistently, irrelevant.

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