By Fluous - Own work, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=25192888
There must be a time, even if pressed by the circumstances of the duties, where we will coexist with our shadow. That dark node that covers and suppresses desires for the blindness of who we are and want. This time lurks and insinuates certain darkness inside the soul. Obviously the existence of blackness characterizes some of the partitions of our personality and can overwhelm the viewpoint of self-observation, if there is weakness in intuition about who we are within our midst. Gregarious beings can only be understood by convoy, but absolute freedom is out of the herd. However, while the corral has its disadvantages, it limits our psychic efforts and provides some existential comfort, even if filled with dark stains. Beyond the fences is the impassive desert bordered on the unknown, this insubstantial and supposed backwater that extends beyond sight. Of course there are people born to move forward, as there are those born to stop. Both have their virtues and their vices. Both live between the intrinsic dissatisfaction of life and the momentary satisfaction of vague achievements. What sets them apart are the will-driven steps: one walks in circles, another walks along the edge of the abyss. One sleeps and dreams, other dreams sleepless. One has anchor, another has wings.
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Deverá haver um tempo, mesmo que premido pelas circunstâncias dos afazeres, onde coexistiremos com a nossa sombra. Aquele nódulo escuro que cobre e suprime desejos pela cegueira de quem somos e queremos. Este tempo espreita e insinua certa escuridão da alma. Obviamente a existência do negrume caracteriza algumas das partições da nossa personalidade e pode avassalar a ótica da observação própria se houver fragilidade na intuição acerca de quem somos dentro do nosso meio. Seres gregários só se entendem em comboio, porém, a liberdade absoluta está fora do rebanho. Entretanto, ao mesmo tempo em que o alfeire tem suas desvantagens, delimita nossos esforços psíquicos e proporciona certo conforto existencial, mesmo que recheado pelas nódoas escuras. Além das cercas está o impassível deserto fronteiriço do desconhecido, este insubstancial e suposto remanso que se estende além da vista. É claro que há pessoas que nasceram para avançar, como há aquelas que nasceram para parar. Ambas possuem suas virtudes e seus vícios. Ambas vivem entre a insatisfação intrínseca da vida e a satisfação momentânea de conquistas vagas. O que as diferencia são os passos dirigidos pela vontade: uma anda em círculos, outra caminha pela borda do abismo. Uma dorme e sonha, outra sonha insone. Uma tem âncora, outra tem asas.