São Jorge! Mostraste a coragem misericordiosa que me livrou do dragão que sempre carreguei em meu coração. Implomo a Vossa intercessão. São tantos os caminhos que se estendem diante de mim, tantas encruzilhadas, que me perder não é apenas uma possibilidade. Não quero o destino que me traga outros dragões, e só tenho uma tênue esperança que pode alicerçar a confiança de caminhar em direções certas.
Vestido e armado com suas armas, andarei sem temer inimigos. Que pés maléficos não me alcancem. Que mãos perversas não me toquem, e que minha imagem produza sombras suficientes para cegar os olhares cobiçosos. Nenhum pensamento maléfico turvará minha percepção; nenhuma lança me forçará a me ajoelhar. Dentro deste corpo, nenhuma corda restringirá meus sonhos ou ações.
Como posso louvá-lo, glorioso São Jorge, para que me estenda o teu escudo e as poderosas armas? Tenho muitas lutas a travar dentro de mim para poder me defender nas ruas e vilas do meu cotidiano.
Como posso defender minha alma dos ginetes que aparecem no improviso das palavras e das ações? Tenho apenas lágrimas que encharcam minhas emoções, dentro deste poço profundo e escuro de quem sou.
Em vez de dobrar meus joelhos diante do desânimo, como arqueio o corpanzil da crueldade para que fique humilde e submissa diante de mim? Ajudai-me!
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Saint George! You have shown the merciful courage that freed me from the dragon I have always carried in my heart. I implore Your intercession. There are so many paths that stretch out before me, so many crossroads, that getting lost is not just a possibility. I do not want a fate that brings me other dragons, and I only have a faint hope that can ground the confidence to walk in the right directions.
Dressed and armed with your arms, I will walk without fearing enemies. May no malevolent feet reach me. May no wicked hands touch me, and may my image produce enough shadows to blind covetous gazes. No evil thought will cloud my perception; no spear will force me to kneel. Within this body, no rope will restrain my dreams or actions.
How can I praise you, glorious Saint George, so that you may extend your shield and mighty weapons to me? I have many battles to fight within myself to be able to defend myself in the streets and villages of my everyday life.
How can I defend my soul from the riders who appear in the improvisation of words and actions? I have only tears that soak my emotions, within this deep and dark well of who I am.
Instead of bending my knees in discouragement, how do I bend the bulk of cruelty so that it remains humble and submissive before me? Help me!