quarta-feira, 14 de agosto de 2019

About Anchors and Wings - Sobre Âncoras e Asas

By Fluous - Own work, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=25192888

There must be a time, even if pressed by the circumstances of the duties, where we will coexist with our shadow. That dark node that covers and suppresses desires for the blindness of who we are and want. This time lurks and insinuates certain darkness inside the soul. Obviously the existence of blackness characterizes some of the partitions of our personality and can overwhelm the viewpoint of self-observation, if there is weakness in intuition about who we are within our midst. Gregarious beings can only be understood by convoy, but absolute freedom is out of the herd. However, while the corral has its disadvantages, it limits our psychic efforts and provides some existential comfort, even if filled with dark stains. Beyond the fences is the impassive desert bordered on the unknown, this insubstantial and supposed backwater that extends beyond sight. Of course there are people born to move forward, as there are those born to stop. Both have their virtues and their vices. Both live between the intrinsic dissatisfaction of life and the momentary satisfaction of vague achievements. What sets them apart are the will-driven steps: one walks in circles, another walks along the edge of the abyss. One sleeps and dreams, other dreams sleepless. One has anchor, another has wings.

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Deverá haver um tempo, mesmo que premido pelas circunstâncias dos afazeres, onde coexistiremos com a nossa sombra. Aquele nódulo escuro que cobre e suprime desejos pela cegueira de quem somos e queremos. Este tempo espreita e insinua certa escuridão da alma. Obviamente a existência do negrume caracteriza algumas das partições da nossa personalidade e pode avassalar a ótica da observação própria se houver fragilidade na intuição acerca de quem somos dentro do nosso meio. Seres gregários só se entendem em comboio, porém, a liberdade absoluta está fora do rebanho. Entretanto, ao mesmo tempo em que o alfeire tem suas desvantagens, delimita nossos esforços psíquicos e proporciona certo conforto existencial, mesmo que recheado pelas nódoas escuras. Além das cercas está o impassível deserto fronteiriço do desconhecido, este insubstancial e suposto remanso que se estende além da vista. É claro que há pessoas que nasceram para avançar, como há aquelas que nasceram para parar. Ambas possuem suas virtudes e seus vícios. Ambas vivem entre a insatisfação intrínseca da vida e a satisfação momentânea de conquistas vagas. O que as diferencia são os passos dirigidos pela vontade: uma anda em círculos, outra caminha pela borda do abismo. Uma dorme e sonha, outra sonha insone. Uma tem âncora, outra tem asas. 

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Contradictions - Contradições



My life is old and this isolates my heart on an island, wrecked by circumstances or by path choices. My body is already torn by time: a pile of debris that moves ever slower, shrouded in the tomb of its very existence. Drowning in the shallow waters of the ephemeral, I try to emerge from unfulfilled dreams; they just passed through my nights as if ignoring me by indifference. Like that woman who lay in my bed and gave what she could give of her body and soul. She stayed no longer than necessary and soon left, even when she was still in bed naked, without her clothes and time. Everything in me has ceased in being, even this breathless lyricism that consumes the lines without capturing the woman that gone, beyond the one that wants to be in the future. The paths are on the obliquity of wanting, obstructed by reason or stolen in the shadows of emotion. The fact is that the horizon still persists in front of the distance and the legs stagger: who approaching is the sunset. I can no longer eclipse my contradictions with the personality because contestation plagues me, strikes me with its sharp sword, erode me with its acid speech, and leaves me on the curb of any street that passes through me.

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Minha vida está velha e isto isola meu coração numa ilha, náufrago das circunstâncias ou das escolhas dos caminhos. Já tenho o corpo carcomido pelo tempo: um monte de escombros que se move cada vez mais lento, envolto pela tumba da sua própria existência. Afogado pelas águas rasas do efêmero, eu tento emergir dos sonhos que não foram realizados, apenas passaram pelas minhas noites como quem me ignora pela indiferença. Como aquela mulher que se deitou na minha cama e deu o que podia dar do seu corpo e da sua alma. Não ficou mais do que o necessário e não tardou em partir, mesmo que ainda ficasse na cama desnuda pelas roupas e pelo tempo. Tudo em mim deixou de ser, mesmo este lirismo ofegante que consome as linhas sem capturar aquela que se foi, além daquela que quer estar no porvir. Os caminhos estão no soslaio do querer, obstruídos pela razão ou furtados nas sombras da emoção. O fato é que o horizonte ainda persiste diante do longe e as pernas cambaleiam: quem se aproxima é o ocaso. Não posso mais eclipsar minhas contradições com a personalidade porque a contestação me assola, fere-me com sua espada aguda, corrói-me com seu discurso ácido e abandona-me no meio-fio de qualquer rua que passe por mim.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Beauty - Beleza

Imagem gerada pelo GPT-4o

What is beauty? I could relate beauty with aesthetics, but I would be limited by the simple lack of contemplation. Beauty may be the infinite gaze that explores the immensity with the wings of the heart. It doesn't stick to ridicule, to the uncontested censorship and to the looking of others. It investigates and advances in a kind of liking deified by soul. Beauty is like crying tears that testified some deep admiration; it is to water the ungodly being with liberating weeping, as mourners in front of the evil that is gone. Beauty is dreaming of skies and navigating the clouds that take us to the bodies that harmonize us and complete us. It is having the dimensions of height and suppressing the distances that bring your hand to my face. Beauty is to love! Even in the face of a vast desert, it is to feel your mirage in me, forever and ever, in that eternity summed up in a kiss.

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O que é a beleza? Poderia relacionar o belo com a estética, mas eu estaria limitado pela simples falta da contemplação. Beleza talvez seja o olhar infinito, que explora as imensidões com as asas do coração. Não se atém aos ridículos, a inconteste censura e aos olhares de outrem. Investiga e avança numa espécie de querença deificada pela alma. Beleza é chorar uma lágrima que testemunha a profunda admiração; é regar o infecundo ser pelo pranto libertador, como carpideiras do mal que se foi. Beleza é sonhar com céus e navegar nas nuvens que nos leva para junto dos corpos que nos harmonizam, nos completam. É ter as dimensões da altura e suprimir as distâncias que trazem tua mão para o meu rosto. Beleza é amar! Mesmo diante de um vasto deserto, é sentir a tua miragem em mim, diante de todo o sempre, naquela eternidade resumida num beijo.

domingo, 2 de junho de 2019

Behind Footlights - Atrás da Ribalta

Imagem gerada pelo Midjourney


For a long time the isolation of a life has led me to consider myself moving within an unlimited stage, as the protagonist of a tedious plot that does not hold your attention. I see you beyond the dazzling spotlight to get out of this veil that blurs our fates and stumbles our steps toward the meeting. You are alone in listening a song that touches your soul and imposes a rhythmical cadence, unlike the sequence of fervors and dismays that erode our minds. We are alone in the songs that stop the time and repress our prostrations. When your face appeared in front of me, I sang an eternity and heard the accompaniment of angels on Chopin's piano. I touched with my eyes to you in the absolute absence of sounds and tones, but in the rhythm of wanting you. But you weren't onstage to set me free by trapping me in you and throwing away the keys of my heart.

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Por muito tempo o isolamento de uma vida levou-me a considerar que me movo dentro de um palco ilimitado, como um protagonista de um enredo tedioso que não prende a atenção de ti. Eu não te vejo além da ofuscante ribalta para sairmos deste véu que turva nossos destinos e tropeça nossos passos na direção do encontro. Estás sozinha ao ouvir uma canção que te toca a alma e impõe um ritmo cadenciado, diferente da sequência de arroubos e desânimos que corroem nossas mentes. Estamos sozinhos nas músicas que freiam o tempo e reprimem nossas prostrações. Quando o teu rosto surgiu na minha frente, eu cantei uma eternidade e ouvi o acompanhamento dos anjos no piano de Chopin. Eu tocava com os meus olhos para ti, na ausência absoluta de sons e tons no ritmo de querer-te. Mas não estavas no palco para me libertar ao me prender em ti e jogar fora as chaves do meu coração.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Ditty - Cantilena

Imagem gerada pelo GPT-4o


The night lies down and copulates with me, like a hallucination made more of shadows than of touches. Its black arms wrap around my body clogged with years, blind my vision and make odorless the memories of kisses. I no longer sleep and I suck like a vampire the hours that pass at dawn with the longing of your neck, that fragrance of expired perfume and sweat that awoke my soul. The darkness testifies to my indolence and my sudden movements that seek you in the deep silence of the abyss that separate me from you. There are years between our bodies, but there is also a figure that refuses to go  from this delirium that is your absence. She wants to steal your form, wear your lingerie, but you can not hug me. The love can hardly be heard in the deafness of my days. Your heat is slowly dissapate from me, to leave me this unbearable cold, this impenetrable murk and this unfinished dream.

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A noite se deita e copula comigo, como uma alucinação feita mais de sombras do que de toques. Seus braços negros envolvem o meu corpo entupido de anos, cegam minha visão e tornam inodoras as lembranças de beijos. Não mais durmo e vampirizo as horas que passam pela madrugada com a saudade da tua nuca, daquela fragrância de perfume vencido e suor que acordava minha alma. As trevas testemunham minha indolência, meus movimentos bruscos que te procuram no profundo silêncio dos abismos que me separam de ti. Há anos entre nossos corpos, mas há um vulto que se recusa a partir deste delírio que é tua ausência. Ela quer roubar a tua forma, vestir tua lingerie, mas não pode me abraçar. A cantilena de amor mal pode ser ouvida na surdez dos meus dias. Teu calor se esvai lentamente de mim, para deixar-me este frio insuportável, este breu impenetrável e este sonho inacabado.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Traces of Soul - Vestígios de Alma

Imagem gerada pelo Midjourney


The vestiges of my soul should not be gathered by a sensitivity, still when distracted from intentions. They are pieces that should reassemble the dreams that a young man has been hallucinating for decades, that only scribbled facts and suggestions on destiny in the past. They create nothing but chance to find you, that they have not found yet. You, woman barefoot and almost naked, dance in my delirium of living. You does not allow me a touch, within your improbable existence and in your fragile body, made of lights and shadows in the paintbrush of my mind and of my desire. I follow you as a pilgrim around the divinity that is admitted to me, in this procession that we call time. I want you as a beggar of love, as a pariah of the passions, as a simple and ordinary man. I do not want his leftovers because I'm athirst for the whole, even in this body abandoned by youth and left by emotion.

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Os vestígios da minha alma não devem ser recolhidos por uma sensibilidade, ainda que distraída das intenções. São peças que deveriam remontar os sonhos que um jovem alucinou há décadas, porém apenas rabiscam fatos e sugestões no destino pelo passado. Nada criam a não ser o acaso de te encontrar que, porventura, não te achou. Você, mulher descalça e quase desnuda, dança no meu delírio de viver. Não me permite um toque, dentro da sua existência improvável e do teu corpo frágil, feito de luzes e sombras no pincel da minha mente e do meu desejo. Eu a sigo como um peregrino em torno da divindade que se admite, nessa procissão que chamam de tempo. Eu a quero como um mendigo de amor, como um pária das paixões, como um homem simples e comum. Eu não quero suas sobras porque sou sedento do todo, mesmo neste corpo abandonado pela juventude e largado pela emoção.

domingo, 26 de maio de 2019

Pale Afternoon - Tarde Pálida

Imagem gerada pelo Midjourney

At this moment, one afternoon advances across the horizon with its warm arms and its pale lights. Sadness occupies the moments, but without shedding whimpers. There are images that seem static as they penetrate my eyes: everything is stopped in people's countenances. There is not a tear to dry on the floor. Without a dream that justifies the trance, everything is drowsy in the minds. Without the emotions that bring your eyes and without the foolery to awaken your laughter by the unusual, my heart stops. My presence is far from you, farther away than I would like because your body is the refuge of my soul and your arms are my blanket in the cold days to come. I could quickly implode the distances with my legs, but where am I going? Who are you? As the answer eludes me, the afternoon continues to pass at its stoppage.

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Neste momento, uma tarde avança pelo horizonte com seus braços mornos e suas luzes pálidas. A tristeza ocupa os momentos, mas sem derramar lamúrias. Há imagens que parecem estáticas ao penetrar pelos meus olhos: tudo está parado no semblante das pessoas. Não há uma lágrima que seque no chão. Sem um sonho que justifique o transe, tudo está sonolento nas mentes. Sem as emoções que trazem teus olhos e sem as momices para despertar o teu riso pelo inusitado, meu coração para. Minha presença está longe de ti, mais distante do que gostaria porque teu corpo é o refúgio da minha alma e os teus braços são meu cobertor nos dias frios porvir. Poderia implodir os longes com minhas pernas céleres, mas para onde eu vou? Quem é você? Enquanto a resposta me foge, a tarde continuar a passar em sua paragem.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

The Leaves and The Wind - As Folhas e o Vento


Franco Leoni, Public domain, via Wikimedia Commons

The leaves are seduced by the wind and they disappear in the blowing until the firmament, carried eternally in the breezes and typhoons of a jealous Zephyr. They go and spread their green under the blue, but I stay in the gray of this city, within the hues allowed by the walled horizon. When there is calm, the leaves lie down and bear, slowly consumed while I am absorbed by hope: at night I lie down and I try to survive to the nightmares. When there are storms, the leaves ignore and only fly like migratory birds. They devour the distances and the cravings, in an eternal ballet without destiny, but with roads that expel paths. Life can be a wind and I a leaf. Sometimes I'm taken to your side, sometimes to the far side. Sometimes I am my prison, sometimes my bird, but always in a quixotic attempt to tame the wind.

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As folhas se seduzem pelo vento e somem no seu sopro para o firmamento, levadas pela eternidade nas brisas e nos tufões de um ciumado Zéfiro . Elas vão e espalham seu verde sob o azul, eu fico no cinza desta cidade, dentro dos matizes permitidos pelo horizonte muralhado. Quando há calmaria, as folhas se deitam e padecem; lentamente consumidas como sou absorvido pela esperança: à noite deito e tento sobreviver aos pesadelos. Quando há tempestades, as folhas ignoram e apenas voam como aves migratórias. Consumem as distâncias e as ânsias, num bailado eterno sem destino, mas com estradas que expelem caminhos. A vida pode ser um vento e eu uma folha. Às vezes sou levado para o teu lado, às vezes para o longínquo. Às vezes sou meu cárcere, às vezes minha ave, mas sempre numa quixotesca tentativa de domar as ventanias.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Happy Birthday! - Feliz Aniversário!

Imagem gerada pelo Midjourney

Our lives are filled with days, which constantly pass through our emotions and frustrations. There are moments that we keep with caress in our memory, and there are moments that we pour into the sewer of oblivion. We are what we have built in our past, but not only with our arms. On this trail hand in hand with time, we meet many people. Some are gone, leaving nothing significant in our hearts to make their divergent traces so indelible. We remember others, perhaps because of their teachings and behavior. For some reason, the course of our journeys was altered by the wisdom or empathy of these few contacts. However, there are those who tattoo on our remembrance and you are one of them. Your face, your smile, your voice and your "you" always appear as a beautiful mirage in front of me, anywhere, anytime. Especially on this day, that puts another year in your count and one more affection in the memory of a kiss in my longing. The oneness of your being is one of the reasons that life has given me happiness.

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Nossas vidas estão repletas de dias, que passam constantemente através das nossas emoções e frustrações. Há momentos que guardamos com carinho na nossa lembrança, e há momentos que despejamos no esgoto do esquecimento. Somos o que construímos no nosso passado, mas não somente  com os nossos braços. Neste caminho de mãos dadas com o tempo, conhecemos muitas pessoas. Algumas já se foram, sem deixar nada significativo nos nossos corações para que seus rastros divergentes sejam tão indeléveis. Lembramo-nos de outras, talvez pelos seus ensinamentos e comportamentos. Por algum motivo, o percurso das nossas jornadas foi alterado pela sabedoria ou empatia destes poucos contatos. Porém, há aquelas que se tatuam nas nossas saudades e você é uma delas. Seu rosto, seu sorriso, sua voz e o seu você sempre aparecem como uma bela miragem diante de mim, em qualquer lugar, em qualquer momento. Especialmente neste dia, que põe mais um ano na tua contagem e mais um carinho da lembrança de um beijo na minha saudade. A unicidade do teu ser é uma das razões pelas quais a vida me presenteou com a felicidade.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Time Traveler - Viajante do Tempo

Imagem gerada pelo GPT-4o

What is perceived in the rhytm of the days followed by nights, is more than a Saharan aridity. Between the dawn and the afterglow, there is a stuffing of nefarious events that makes this cake insipid and somewhat unhealthy. My soul slowly spends itself in the frictions of daily life as if it were of substance. I leave my tracks for hours, cadenced by the continuous and eternal ticking, more immutable than my declining dreams, scattered among the seconds that dethrone them from being the first of my reality. Certainly I am a time traveler, driven by the intrinsic uncertainties of life. Certainly I am lonely, through a meager knowledge accumulated in a fragmentary and constant way. I'm certainly happy because I have no other choice. Of all things, what can be extracted is that the essence of human being is in the walking, not in destiny.

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O que se percebe na cadência dos dias seguidos de noites, é uma aridez mais que saariana. Entre o alvorecer e o arrebol, há um recheio de torpes que torna este bolo insosso e um tanto insalubre. Minha alma lentamente se gasta nos atritos do cotidiano como se de substância fosse. Deixo meus rastros pelas horas, cadenciados pelo tiquetaquear contínuo e eterno, mais imutável que meus sonhos declinantes, espalhados por entre os segundos que os destronam de serem os primeiros da minha realidade. Decerto sou um viajante do tempo, levado pelas incertezas intrínsecas da vida. Decerto estou solitário, mediante um parco conhecimento acumulado de forma fragmentária e constante. Decerto sou feliz porque não me resta outra opção. Disso tudo, o que pode ser extraído é que a essência do ser está no caminhar, não no destino.

São Jorge - Saint George

  Imagem gerada pelo Midjourney São Jorge! Mostraste a coragem misericordiosa que me livrou do dragão que sempre carreguei em meu coração. I...